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Conheça todos os custos para comprar um imóvel

Gastos vão além das parcelas do financiamento e é preciso organizar o orçamento para não acabar se endividando

Realizar o sonho da casa própria não é uma tarefa simples, já que estamos falando de um bem com valor agregado muito alto. Portanto, é muito comum que a compra de um imóvel acabe comprometendo o orçamento familiar por muitos anos. Mas é preciso tomar cuidado na hora de tomar essa decisão porque as parcelas do financiamento não são os únicos custos que envolvem esse tipo de negociação. É preciso ter organização financeira para não ser pego de surpresa e acabar se endividando. Isso porque outros valores precisam ser desembolsados durante toda a transação. Conheça todos os custos para comprar um imóvel.

Financiamento

Quando se fala em comprar um imóvel, o que vem logo à cabeça é o valor do financiamento. É preciso realmente ficar atento a esse custo para comprar o imóvel porque, provavelmente, ele vai durar por muitos anos, já que o financiamento pode durar até 30 anos. Além das parcelas, é preciso se preocupar também com a entrada.

“O padrão é financiar 80% do valor do imóvel, então, para financiar, tem que pagar 20% na entrada, no caso de prédio novo, em construção, ou usado. Já as taxas do financiamento dependem de cada banco. Às vezes um banco tem uma taxa mais cara, mas não cobra outras. Varia muito e é preciso pesquisar”, explica Gildo Vilaça, presidente da Associação das Empresas do Mercado Imobiliário de Pernambuco (Ademi-PE).

custos para comprar um imóvel
Calcule o financiamento e tenha certeza que você consegue assumir o valor (Foto: Shutterstock)

Documentação

O processo de compra de um imóvel envolve também os custos com uma série de documentos necessária para regularizar a compra e venda. Inclua nos gastos as despesas cartorárias, com o Imposto sobre Transmissão de Bens Imóveis (ITBI), Registro de Compra e escritura.

O primeiro imposto é cobrado em casos de propriedade dos imóveis. “O ITBI pode chegar a 3% do valor de avaliação do imóvel”, afirma Gildo Vilaça. Já o registro de imóveis é o documento que confirma quem é o proprietário do imóvel e o valor varia de acordo com as taxas cobradas pelo cartório em cada estado do Brasil. A escritura, por sua vez, representa e contrato de compra e venda e o preço também varia de acordo com cada estado.

O advogado Rodrigo Karpat, especialista em direito imobiliário, ainda lembra do jogo de certidões e da vistoria que vai avaliar o valor do imóvel e, para isso, será necessário pagar uma taxa ao banco. Ele pontua que os custos para comprar um imóvel com emoluentes, registro, ITBI e escritura giram em torno de 5% do valor total do imóvel, mas ressalta a importância dessa documentação. “Se o comprador não tem esse cuidado, o imóvel pode eventualmente não estar no nome do novo proprietário e ele pode acabar tendo algum tipo de restrição caso o antigo dono tenha algum problema. É preciso estar atento até para não acabar perdendo o imóvel no futuro”, reforça.

(Foto: Shutterstock)
(Foto: Shutterstock)

Outros dois custos terão que entrar na previsão orçamentária para sempre. O condomínio precisará ser pago mensalmente, enquanto o Imposto sobre a Propriedade Predial e Territorial Urbana (IPTU) é um valor anual, mas que pode ser parcelado. É preciso estar preparado para esses gastos mesmo sem saber exatamente quanto eles vão pesar no orçamento. “O valor do condomínio tem como saber antes porque hoje em dia, na concepção do prédio, já pensa nos custos e tem como ter a perspectiva. Já o IPTU não tem como saber o valor exato antes de o imóvel ficar pronto, mas tem como ter uma noção de acordo com o bairro e o tamanho do imóvel”, explica Gildo Vilaça.

Acabamento

Ainda é preciso pensar em dois gastos que poderão entrar no orçamento, caso o imóvel não esteja em perfeitas condições ou o novo proprietário queira deixar o imóvel ao seu gosto. O primeiro diz respeito a qualquer reforma que precise ser feita no imóvel. “A outra é com a decoração e não é barata”, completa Gildo Vilaça.

Fonte: Revista Zap Imóveis

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