Para quem leva a máxima “todo cuidado é pouco” a sério, encontrar maneiras eficientes de proteger seu lar estará sempre no topo da lista de prioridades. Para proteger as crianças, os idosos, os animais domésticos e até de evitar a entrada de pombos e outros bichos indesejados, as grades e redes de proteção são a melhor pedida.
Feitas em diversos materiais, estas proteções podem se adaptar a todos os tipos de residência. Além disso, o seu uso também deixa pais e mães mais tranquilos, pois elimina um item na extensa lista de preocupações com os pequenos.
Fáceis de serem cortadas, as redes de proteção costumam ser usadas em andares mais altos, para impedir quedas e a entrada de pequenos animais (foto: divulgação)
Mas por onde começar? De acordo com Florence Muller, proprietária da Redes Prevenir, o primeiro passo para entrar “neste clube”, é saber, fundamentalmente, como escolher o item que se encaixa melhor com as suas pretensões. “As redes de proteção costumam ser indicadas para evitar a queda de crianças e animais de casas e apartamentos. Já as grades de proteção são usadas para evitar que pessoas entrem nas residências”, disse ela.
Sobre as vantagens de cada um dos tipos, a empresária afirma que, embora as redes possuam baixo custo e facilidade na instalação, elas podem ser facilmente cortadas com estiletes, tesouras e até mesmo queimadas com isqueiros. Então, antes de sair às compras, analise o real motivo da instalação e faça a sua escolha.
“O corpo de bombeiros indica a instalação de redes de proteção, pois em caso de incêndio é possível entrar para fazer um resgate rapidamente pelas janelas. Grades de proteção são mais difíceis de ultrapassar em um caso de emergência. Nossa recomendação como especialistas é usar grades onde for perigoso por causa de roubos”, completou.
Avisando o condomínio
Outro detalhe que normalmente passa despercebido, mas que pode ocasionar inconvenientes e até multas é a notificação ao condomínio. O assunto, que já foi pauta em uma matéria anterior do Morar Kallas, costuma ficar em segundo plano na hora de fazer pequenas reformas.
Antes de instalar a proteção escolhida, avise o condomínio e confirme se ela não irá alterar a fachada do prédio (foto: divulgação)
De acordo com o advogado Rodrigo Karpat, qualquer de alteração na fachada do edifício (1.336 do Código Civil) é proibida, porém, cada situação deve ser analisada individualmente. “No caso das redes de proteção, que tem sido tolerada sem qualquer problema, não é imprescindível a necessidade de aprovação em assembleia”, disse ele.
Já no caso das grades, é necessário checar o modelo preferido. Existe a necessidade de que sejam padronizadas, para, justamente, não caracterizar a alteração da parte externa do prédio.
Caso esteja em desacordo com a legislação municipal ou com a convenção, o advogado alerta que o condomínio poderá ser notificado para a retirada da proteção ou de qualquer outro objeto similar. “Caso o condômino não atenda à solicitação, poderá ser multado e, por fim, o condomínio poderá propor medida judicial com fim de obrigar a retirada do gradil”, completou Karpat.
Instalação
Depois de escolhida a sua proteção, é hora de fixá-la. Neste ponto, nada de apostar no “faça você mesmo”. É justamente nesta fase que ocorrem os erros mais comuns de instalação. Usar materiais inapropriados, prender as bases de sua rede com furos irregulares ou mesmo deixá-las soltas são alguns dos riscos que você pode ter caso não consulte um profissional de confiança.
No geral, as empresas que vendem os materiais também costumam trabalhar com instaladores parceiros ou elas mesmas ficam responsáveis pelo processo. Embora não haja um curso específico para a ação, é importante informar-se antes para saber, por exemplo, se a montagem será feita seguindo os padrões estabelecidos pela Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT).
“Qualquer pessoa pode instalar uma rede de proteção e nós vendemos kits para quem queira o do it yourself. Todavia, em 90% dos casos o cliente volta e solicita que nós façamos a instalação, pois esticar a rede exige prática. O instalador, depois de colocar a rede, faz testes para aferir a resistência. Como consumidora deste produto indico a contratação de mão-de-obra especializada, pois tem alguns aspectos de segurança que precisam ser seguidos”, disse Florence.
ManutençãoPara evitar acidentes, manter a manutenção das proteções é essencial (foto: divulgação)
Outro aspecto estritamente associado à segurança, em geral, é a manutenção. De acordo a empresária, as redes devem ser trocadas a cada três anos, na época em que acaba a garantia. “Elas duram até cinco anos, mas isso depende muito das condições climáticas. Redes e ganchos instalados em praias duram menos do que em cidades do interior. A maresia atrapalha muito. Muitas empresas de instalação de redes dão garantias de até sete anos, mas isso nunca é acompanhado de um certificado”, alertou ela.
No caso das grades metálicas, o procedimento é semelhante. O tempo para manutenção pode variar, dependendo do material. Em média, a cada cinco anos é necessário solicitar uma avaliação técnica para confirmar de tudo ainda está em ordem. Fatores naturais também podem influenciar na decomposição das peças.
CustoO valor da instalação dependerá do tamanho da área coberta. os valores vão de R$ 200 a R$ 4 mil (foto: divulgação)
Depois de deixar a casa segura, é hora de colocar a mão no bolso. Para as redes, a instalação é cobrada por metro quadrado (aqui são considerados ganchos, buchas, rede, corda e o desgaste dos equipamentos) e, por isso, o custo final pode mudar bastante.
O local onde elas serão instaladas também faz a diferença. “Um apartamento pequeno fica em torno de R$ 200,00, enquanto instalações grandes já passaram de orçamentos de R$ 4.000,00. Varia muito.”, disse Florence.
As grades de proteção, por sua vez, são vendidas em uma única peça, feita sob medida, e que também fica mais cara conforme aumenta de tamanho. O custo inicial é de R$ 150 e inclui a mão de obra.
Veículo: Site Morar Kallas.