Quando os conflitos entre funcionários começam a interferir no dia a dia do condomínio é necessário tomar medidas punitivas
No ambiente de trabalho, o ideal é sempre manter a harmonia. Mas quando desentendimentos começam a se tornar frequentes, a primeira solução é buscar uma conversa, e isso não é diferente para os funcionários de condomínios.
Neste caso, porém, quando a conversa entre as partes envolvidas não resolve, cabe a intervenção de síndicos e administradoras.
Segundo o advogado especializado em direto condominial e consultor em condomínios, Rodrigo Karpat, inicialmente não é recomendável haver interferência de administradores para solucionar brigas entre funcionários.
“Os administradores devem interferir no momento em que um desentendimento passa a afetar o trabalho, deixando de ser mera desavença.”
Em um condomínio na região da Bela Vista, por exemplo, um conflito entre dois funcionários da portaria tornou necessária a intervenção da administradora quando as ofensas verbais tornaram-se físicas.
“Um dos funcionários começou a provocar o outro, que não aguentou e lhe deu um soco”, conta a moradora do prédio, Ana Carolina Silveira. “No fim das contas, o agredido registrou um boletim de ocorrência, e a administradora o transferiu para outro condomínio, porque foi constatado que ele realmente estava provocando há tempos o colega de trabalho. O funcionário que agrediu acabou levando uma chamada de atenção por parte do síndico, mas permaneceu, porque os moradores gostavam muito do seu serviço”, finaliza.
Jogo de cintura – Karpat explica que, em casos como este, o gestor precisa identificar a origem do problema e advertir os envolvidos com a finalidade de evitar novos conflitos.
“Em casos extremos, quando não há solução possível, o procedimento deve ser de demissão por justa causa para ambos os brigões”.
O consultor de condomínios explica que em muitos ambientes de trabalho, as reações inóspitas entre funcionários acontecem devido à falta de jogo de cintura de supervisores em promover a harmonização e soluções rápidas para o entendimento.
“Outra situação que torna um ambiente pouco saudável é exercer uma pressão exagerada sobre os funcionários, com muitos comandos e cobrança acima do razoável, o que pode inclusive fulminar em assédio moral” conclui.
Mediando conflitos
– Quando funcionários do condomínio começam a se “estranhar”, o ideal é o síndico ficar de olho e chamar ambos para uma conversa que procure resolver as desavenças
– Vale advertir os brigões que, se os conflitos não cessarem, eles poderão receber advertência e até demissão por justa causa
– O síndico e a administradora devem intervir quando perceberem que não há solução possível se a paz depender apenas de um acordo entre os funcionários
Veículo: Site iCondominial