Entre os principais prós desse formato estão a imparcialidade nas decisões e o profissionalismo na execução das tarefas. Por não ser morador, o síndico profissional tende a atuar com mais neutralidade, evitando envolvimento emocional em conflitos internos. Sua atuação técnica permite decisões embasadas e estratégicas, voltadas à sustentabilidade financeira e à valorização patrimonial do empreendimento. Além disso, a disponibilidade de tempo e a experiência acumulada em outros condomínios trazem ganhos de eficiência e a possibilidade de implementar boas práticas já testadas em outros contextos.
Por outro lado, há também pontos de atenção. Um deles é o custo, já que a remuneração de um síndico profissional pode representar um valor considerável no orçamento, especialmente em condomínios de pequeno porte. Outro aspecto é a distância emocional que, em alguns casos, pode ser percebida pelos moradores. A ausência de vínculo direto com a comunidade pode gerar a sensação de frieza ou falta de empatia, algo que exige do profissional um esforço adicional de comunicação e presença.
Além disso, a contratação de um síndico profissional requer cuidados formais e jurídicos. É indispensável que o processo ocorra em assembleia, com a devida deliberação e registro em ata, e que seja formalizado um contrato detalhando as condições, responsabilidades, horário de atendimento, metas e critérios de rescisão. Também é importante pesquisar o histórico do profissional, buscar referências e compreender sua filosofia de trabalho. Esses são fatores que fazem toda a diferença!
É importante reconhecer que a profissionalização não é sinônimo de solução automática para todos os problemas. A gestão condominial envolve um conjunto de fatores, e o sucesso depende tanto da competência técnica do síndico quanto da colaboração dos moradores e da transparência da comunicação. Em alguns casos, síndicos moradores capacitados e comprometidos podem obter resultados tão positivos quanto os profissionais, desde que contem com o apoio e a estrutura necessária.
No fim das contas, a escolha entre um síndico profissional e um síndico morador deve considerar o perfil do condomínio, seu tamanho, orçamento e, principalmente, o nível de engajamento dos condôminos. Condomínios maiores, com múltiplos blocos, grande número de funcionários e alta complexidade administrativa, tendem a se beneficiar mais da experiência profissional. Já empreendimentos menores, onde prevalece o espírito comunitário e a proximidade entre os vizinhos, podem preferir manter a gestão interna, desde que bem orientada.
O que se percebe é que a figura do síndico profissional veio para ficar. Mesmo que sua presença ainda não seja majoritária, ela exerce um papel educativo no mercado: eleva o padrão de exigência, profissionaliza processos e estimula também os síndicos moradores a buscarem qualificação. Assim, a tendência é que o futuro da gestão condominial caminhe cada vez mais para um modelo híbrido, em que competência técnica e senso de comunidade andem lado a lado.
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